O Anarquismo “Democrático”

 

Por Bruno Batista

 Nosso país vive hoje um momento histórico, um momento em que longos anos de silêncio de uma nação deu vez a cobrança através de inúmeros protestos que invadiram as ruas de todo o território nacional.

De fato é um ato democrático em que asociedade acordou depois de acumular várias insatisfações e descasos que o sistema político vem deixando como legado, e foram para a rua cobrar das autoridades alguma solução que possa pôr um fim em toda a bagunça moral e social em que nos encontramos na atual conjuntura dos fatos.
É preciso chamar a atenção do leitor para o controverso lado dademocracia. Até entendemos o caos que se encontra essa “Colônia portuguesa” mas não é com vandalismo generalizado que algum objetivo será alcançado.

 

 Até o ato de protestar deve ser feito com dignidade e humanismo. Digo humanismo porque énecessário repensar seus atos antes de ferir uma pessoa, incendiar um ônibus, quebrar agências bancárias, destruir semáforos, etc. O ser humano que compõe um grupo de cidadãos e que estão nas ruas pedindo melhorias para eles mesmos, precisa se atentar aos fatos. O fato principal é que os serviços públicos são usados por todos e por todos devem ser preservados. Destruindo o pouco que se tem achando que, com isso chamará a atenção, é de uma mentalidade inferior a de um grão de arroz, porque afetará o próprio que o depredou.

Lógico que não se deve generalizar todos por um grupo minoritário apenas. Sabemos que a maioria é ordeira e está alí para protestar pacificamente, e são pessoas que estão construindo um novo capítulo na História de nossa nação. Mas sempre se aglomeram aos bons, grupos de anarquistas que também almejam fazer parte dessa História através da desordem. A polícia está presente para coibir tais vandalismos, e mesmo que não os coíbam, os dignos de protestar tem o dever de cobrar dessas autoridades as punições cabíveis. Não é com pancadaria que as coisas irão chegar em um denominador comum.

 

 Estamos caminhando rumo à mudança tão desejada, mas se não abrirmos os olhos, todos os esforços serão inúteis com tanto desfoque e falta de sintonia entre os militantes do progresso. Se não houver essa sintonia, de nada adiantará gritar e quebrar os poucos serviços que ainda temos.